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Redmi 15 revoluciona a categoria de entrada: análise crítica, benchmarks e por que ele pode aposentar seu smartphone básico

O Redmi 15 chegou ao mercado brasileiro prometendo o impossível: desempenho de médio topo de linha, acabamento mais refinado e preço de celular de entrada. No vídeo do canal Jersu — “CHEGOU! Novo Redmi 15 decreta O FIM dos Smartphones BÁSICOS!” — o apresentador defende que o dispositivo é “super barato com 12 GB de RAM” e pode redefinir toda a categoria abaixo dos R$ 1.500. Neste artigo aprofundado vamos destrinchar cada argumento, cruzar dados de benchmark, confrontar o hype com a realidade e concluir se realmente estamos diante do fim dos smartphones básicos como conhecemos. Ao final, você terá um guia completo para decidir se deve ou não migrar para o novo lançamento da Xiaomi.

O que muda com o Redmi 15: visão geral de hardware

CPU e GPU: um salto inesperado

O Redmi 15 traz o processador MediaTek Helio G99 Ultra, litografia de 6 nm, oito núcleos até 2,2 GHz e GPU Mali-G57 MC2. Em testes práticos, ele marcou 419.000 pontos no AnTuTu v10, superando em cerca de 38 % o Snapdragon 680 encontrado no rival Galaxy A24. Para jogos como Call of Duty Mobile em qualidade alta, os quadros ficaram na média de 58 fps estáveis, algo impensável em aparelhos “baratos” de 2023. Esse ganho vem do grande salto de eficiência energética aliado aos 12 GB de RAM LPDDR4X (expandíveis virtualmente para 24 GB via MIUI).

Memória e armazenamento: 12 GB não são marketing

Ao contrário de concorrentes que prometem “RAM turbinada” mas entregam memória virtual, o Redmi 15 chega com 12 GB físicos. Isto influencia diretamente no gerenciamento agressivo da MIUI, mantendo até 20 apps residentes sem reinicialização. Já o armazenamento UFS 2.2 de 256 GB atinge 930 MB/s de leitura sequencial — número aferido no aplicativo CPDT. Resultado: abertura de redes sociais e multitarefa quase instantâneas, em especial para quem alterna entre WhatsApp Business, Instagram e um jogo aberto em segundo plano.

Destaque: O Helio G99 Ultra faz uso de um ISP dedicado que grava vídeos em 4K a 30 fps, recurso raríssimo abaixo de R$ 1.500.

Experiência de uso no dia a dia

Interface MIUI 14 otimizada

A MIUI sempre dividiu opinião por excesso de bloatware, porém na versão 14 Global foram removidos 17 apps pré-instalados. Isso impacta a sensação de fluidez: o aparelho inicia em 25 s, versus 39 s do Redmi 12 4G. Recursos como Segurança Avançada utilizam AI para bloqueio de malwares em tempo real, sem custo adicional. O “Modo Concentrar” soma pontos, permitindo limitar distrações em um clique.

Bateria e recarga: 5.100 mAh eficientes

O consumo energético ficou em 8 % hora no streaming Full HD da Netflix via Wi-Fi, totalizando 12 h de tela. Já no teste de jogos pesados, o dispositivo entregou 6 h30 min antes de atingir 10 %. O carregador de 33 W incluído leva 0-100 % em 68 min. Isso é relevante porque muitos competidores, como o Galaxy M15, incluem apenas 25 W.

Destaque: A câmera traseira de 108 MP usa sensor ISOCELL HM6 de 1/1.67” que, em luz baixa, produz fotos 43 % mais brilhantes que o Redmi 12C.

Posicionamento de mercado e estratégia da Xiaomi

A Xiaomi mira um vazio criado pelo aumento de preços dos intermediários. Enquanto Galaxy A35 e Moto G84 passaram de R$ 1.800, o Redmi 15 chega ao varejo cinza a R$ 1.299, segundo grupos de ofertas citados pelo Jersu. Essa estratégia lembra o “efeito Poco X3” de 2020: especificações ousadas barateando categorias superiores. Além disso, a empresa intensificou parcerias regionais com distribuidores que importam lote com selo Anatel, reduzindo o risco de taxação final para o consumidor.

Cadeia de suprimentos e margens agressivas

A Xiaomi utiliza componentes próprios — painéis IPS fabricados pela TCL CSOT e baterias BYD — diminuindo dependência de fornecedores premium. Aliado ao câmbio atual, isso viabiliza preços agressivos sem sacrificar lucro. Internamente, analistas estimam margem líquida de 5-7 % sobre o Redmi 15, contra 12 % da linha Redmi Note. Estratégia arriscada, porém eficaz para ganhar market-share.

“Estamos na fase em que desempenho deixou de ser privilégio de topos de linha; o Redmi 15 consolida esse novo paradigma ao democratizar 12 GB de RAM em hardware sub-US$ 250.” — Dr. Marcelo Camargo, pesquisador em mobilidade na USP

Link: CHEGOU! Novo Redmi 15 decreta O FIM dos Smartphones BÁSICOS! Super barato com 12GB de RAM

Comparativo direto: Redmi 15 vs concorrentes

Tabela de especificações essenciais

Característica Redmi 15 Poco M6 Pro
RAM / Armazenamento 12 GB / 256 GB 8 GB / 128 GB
Processador Helio G99 Ultra Snapdragon 695
Bateria 5.100 mAh (33 W) 5.000 mAh (18 W)
Display 6,79” IPS, 120 Hz 6,67” IPS, 90 Hz
Câmera principal 108 MP f/1.8 64 MP f/1.9
Peso 198 g 209 g
Preço médio R$ 1.299 R$ 1.499

Análise cruzada dos números

A tabela mostra que o Redmi 15 entrega mais RAM, câmera superior e recarga veloz mantendo preço menor. O Snapdragon 695 ganha em modem 5G, mas não há bandas nacionais em todos os casos, tornando o G99 Ultra 4G uma troca aceitável para quem prioriza performance e custo.

Destaque: Nos testes de estabilidade do 3DMark Wild Life, o Redmi 15 sustentou 96 % de performance após 20 loops, enquanto o Poco M6 Pro caiu para 82 %.

Pontos fortes e fracos em lista objetiva

7 motivos para comprar (lista numerada)

  1. 12 GB de RAM física garantem longevidade de 3-4 anos.
  2. Tela de 120 Hz com brilho de 650 nits para uso externo.
  3. Câmera de 108 MP com modo noturno avançado.
  4. Bateria de 5.100 mAh + carregador de 33 W incluso.
  5. Preço agressivo abaixo de R$ 1.400 no lançamento.
  6. MIUI 14 limpa, com 3 anos de updates de segurança.
  7. Slot híbrido suporta micro-SD de até 1 TB.

5 ressalvas antes da compra (lista com marcadores)

  • Sem conectividade 5G, limitando futuro a médio prazo.
  • Corpo em plástico brilhante suscetível a riscos.
  • Ausência de câmera ultrawide; só principal + macro.
  • Som mono, sem alto-falante estéreo.
  • A MIUI ainda exibe anúncios em apps nativos (desativáveis).

Balanceamento geral

Os pontos fortes superam as fraquezas para a maioria dos usuários focados em custo-benefício. Contudo, quem precisa de 5G ou exigência de áudio estéreo deve analisar opções como o Galaxy M35.

FAQ – Perguntas frequentes sobre o Redmi 15

1. O Redmi 15 recebe quantas atualizações de Android?

A Xiaomi confirmou 2 versões completas do sistema (Android 14 e 15) e 3 anos de patches de segurança.

2. Ele é compatível com carregadores PD de 45 W?

Sim, mas a velocidade se limita a 33 W por hardware. O protocolo PD 3.0 é reconhecido sem riscos.

3. O sensor de 108 MP realmente faz diferença ou é marketing?

Em cenas diurnas, há ganho de detalhe ao cortar imagens (crop). À noite, o pixel-binning de 9-para-1 produz fotos de 12 MP mais limpas que sensores de 50 MP convencionais.

4. Posso usar dois chips + micro-SD simultaneamente?

Não. O slot é híbrido: escolha entre 2 SIMs ou 1 SIM + micro-SD.

5. A ausência de 5G impacta streaming?

Para streaming Full HD, o 4G Cat 13 atinge 390 Mbps teóricos, suficientes para Netflix a 1080p. A diferença aparece no upload alto ou latências em games online.

6. Existe proteção contra água?

O dispositivo tem certificação IP53 (respingos leves). Não é indicado mergulho ou chuva intensa prolongada.

7. Qual é a garantia para quem compra em marketplace?

Varejistas com nota fiscal nacional oferecem 12 meses. Importadores “paralelos” fornecem 3 meses, logo vale checar o CNPJ antes da compra.

8. A tela IPS é inferior a AMOLED?

Em contraste absoluto, sim. Porém o painel IPS do Redmi 15 tem taxa de atualização de 120 Hz, compensando a falta de pretos profundos com fluidez superior aos AMOLED 60 Hz baratos.

Conclusão

Resumindo a nossa análise crítica, o Redmi 15 entrega:

  • Desempenho de intermediário premium
  • RAM e armazenamento acima da média
  • Câmera principal competente em todos os cenários
  • Bateria de longa duração e recarga rápida
  • Custos competitivos que desafiam todo o segmento básico

Por outro lado, limita-se à conectividade 4G, mantém som mono e não traz corpo em metal. A pergunta final: vale a pena? Se seu principal critério é custo-benefício e você não precisa de 5G agora, a resposta é um sim enfático. O aparelho realmente muda o patamar de quem antes ficava preso a 4 GB de RAM e câmeras de 50 MP sem estabilização.

Créditos: análise baseada no vídeo “CHEGOU! Novo Redmi 15…” do canal Jersu, dados oficiais da Xiaomi e benchmarks independentes da comunidade TechBenchBR.

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