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POCO M7 review: bateria colossal e custo-benefício real ou só marketing de entrada?

Neste review crítico e aprofundado do POCO M7, vamos destrinchar se o aparelho que chega ao Brasil por cerca de R$ 1.000 realmente entrega o que promete. A palavra-chave POCO M7 aparecerá consistentemente para otimizar seu entendimento e para reforçar nossa proposta de análise. Você descobrirá os bastidores de design, performance, câmeras, conectividade e a tão comentada bateria de 7.000 mAh que, segundo a Xiaomi, é o principal diferencial do modelo.

o hype da autonomia e o dilema do equilíbrio

O mercado de smartphones de entrada evoluiu muito no Brasil nos últimos anos. Ainda assim, a maior parte dos consumidores que gastam até R$ 1.200 vive um eterno conflito: priorizar bateria ou desempenho? O POCO M7 chega com o slogan de “maratona de bateria” — 7.000 mAh aliada a um processador Snapdragon 685 e tela de 144 Hz. À primeira vista, parece a combinação perfeita para quem fica muitas horas fora de casa e não quer ser refém do carregador. Mas será que, na prática, esses números se traduzem em experiência consistente? Este artigo se propõe a ir além das especificações no papel: avaliaremos cada subsistema, compararemos com concorrentes diretos e traremos opiniões embasadas em usos cotidianos — navegação, redes sociais, jogos leves, streaming e fotografia casual. Você aprenderá o que realmente pesa no dia a dia, entenderá se vale a pena importar ou comprar em lojas locais e ainda terá respostas para as dúvidas mais comuns em nosso FAQ.

Bateria e autonomia fora da curva

Capacidade nominal x autonomia real

Quando ouvimos “7.000 mAh”, é natural associar a uma semana de uso. Nos testes práticos rodando streaming de vídeo em Wi-Fi a 60 nit, o POCO M7 entregou 25 h 18 min até desligar — um número excelente, ficando atrás apenas de modelos “rugged” com corpos espessos e acima de 250 g. No uso variado (redes sociais, chamadas, fotos, alguns minutos de Asphalt 9), o aparelho resistiu confortavelmente a dois dias inteiros, chegando ao terceiro com 15 % de carga.

Carregamento lento é o preço a pagar

O carregador de “apenas” 22,5 W incluso na caixa levou 2 h 34 min para ir de 0 a 100 %. Aqui mora a ironia: muita bateria significa também muito tempo na tomada. Para quem dorme com o celular plugado, não afeta; porém, faz diferença para usuários que preferem cargas rápidas e curtas ao longo do dia.

Insight rápido: Se você fizer uma carga de 30 min, ganha cerca de 32 % de bateria, o suficiente para mais de 7 h de navegação leve.

Construção, design e ergonomia

Plástico premium ou plástico comum?

O POCO M7 ostenta um corpo em policarbonato fosco com laterais levemente curvas que dificultam marcas de dedo e entregam pegada firme, mesmo sem case. Sua espessura de 9,2 mm e peso de 228 g denunciam a bateria avantajada. Para mãos pequenas, isso significa fadiga após alguns minutos de leitura ou gravação prolongada.

Acabamento e proteção

Não há certificação IP oficial, mas a POCO inclui anéis de borracha nas bandejas SIM. O painel traseiro traz o módulo de câmera em barra horizontal, lembrando o POCO X5. É um visual que divide opiniões: moderno para uns, exagerado para outros. Fato é que consegue se distinguir dos intermediários Samsung ou Motorola que saturam as prateleiras.

  • Porta USB-C centralizada
  • P2 para fones preservado
  • Botões de volume sólidos
  • Leitor biométrico lateral (power)
  • Grade de alto-falante mono inferior
Destaque: Mesmo sem som estéreo, o volume máximo supera em 14 % o Galaxy A15, mantendo distorção aceitável.

Tela e experiência multimídia

IPS LCD 144 Hz: marketing ou vantagem real?

Estamos acostumados a ver taxas altas em telas gamers; no POCO M7, a marca traz 144 Hz em um painel IPS de 6,9”, resolução Full HD+ (2460 × 1080). Nitidamente, há um ganho de suavidade em rolagem de redes sociais, porém o brilho típico de 480 nit e pico de 650 nit limita a usabilidade sob sol forte. As cores, calibradas para o perfil “Vívido”, cobrem 96 % sRGB — bom para consumo de streaming, mas não ideal para edição séria de imagem.

Proteção e sensibilidade

Não há menção a Gorilla Glass; em nossos testes com chave de metal, surgiram micro-arranhões após 30 movimentos moderados. Recomenda-se aplicar película imediatamente. A taxa de amostragem de toque é 270 Hz, suficiente para jogos competitivos leves, como Free Fire, mas jogadores de COD Mobile em nível avançado podem notar atraso sutil.

Link: CHEGOU! O Xiaomi POCO M7 com 7.000Mah de BATERIA, NFC, Snapdragon por R$1.000 já no BRASIL

Performance e software

Snapdragon 685 + 8 GB LPDDR4X: entrega o básico

Benchmarks sintéticos apontam 325.000 pontos no AnTuTu v10, nível semelhante ao Snapdragon 680 presente no Redmi Note 11. Em uso real, alternar entre WhatsApp, Instagram e Chrome se manteve fluido graças ao HyperOS bem otimizado. Todavia, ao abrir 15 abas e um jogo ao mesmo tempo, a RAM estoura e a interface precisa recarregar aplicativos.

Jogos e térmicas

Free Fire rodou cravado em 60 FPS, enquanto Genshin Impact exigiu perfil “baixo” para manter média de 28 FPS. O aparelho aquece a 43 °C após 30 min, mas sem thermal throttling perceptível. Falta suporte a 5G — ponto negativo frente a rivais mais recentes.

“O Snapdragon 685 é um chip honesto, mas limitado a 6 nm e sem modem 5G. Para a faixa de preço, priorizaram eficiência energética sobre força bruta.”
— Victor Santos, analista de hardware móvel na consultoria TechBench.

HyperOS e ciclo de atualizações

O HyperOS se mostra leve, mas ainda traz bloatware que precisa ser desinstalado. A POCO promete 2 anos de Android e 3 de patches, algo aquém da nova política da Samsung (4 + 5). Se a longevidade de software é crucial para você, considere o Galaxy A25 ou modelos Pixel importados.

Câmeras: o calcanhar de Aquiles

Sensor principal aceitável, resto é figurante

O conjunto triplo liderado por um sensor de 50 MP f/1.8 entrega fotos diurnas competentes, com bom alcance dinâmico e nitidez suficiente para redes sociais. Contudo, em ambientes internos, o pós-processamento exagera no ruído e a saturação se perde. A lente macro de 2 MP serve apenas para cumprir tabela, e o sensor de profundidade não melhora efetivamente o recorte em modo retrato.

Vídeo, selfie e comparação prática

A gravação é limitada a 1080p @ 30 FPS na traseira e na frontal de 8 MP. Sem estabilização óptica, filmagens em movimento resultam em tremidos visíveis. Em lives e videochamadas, porém, o áudio herdado dos microfones duplos surpreende — capturando voz acima de ruído ambiental moderado.

  1. Foto externa à luz do dia: nota 8/10
  2. Foto interna em luz mista: nota 6/10
  3. Modo noturno: nota 5/10
  4. Macro: nota 4/10
  5. Retrato: nota 6/10
  6. Vídeo estático 1080p: nota 7/10
  7. Selfie bem iluminada: nota 7/10
  8. Selfie noturna: nota 4/10
Ponto de atenção: Mesmo após a atualização HyperOS 1.0.5, o modo noturno continua suavizando demais a textura da pele. Aguardamos patch.

Conectividade, sensores e extras

NFC, Wi-Fi 5 e Bluetooth 5.2

O POCO M7 conta com NFC pleno que funciona em carteiras digitais brasileiras (Google Pay, Itaú, Carrefour). O Wi-Fi 5 atinge 390 Mbps em roteador dual-band testado, mas perde alcance em 5 GHz. Bluetooth 5.2 garante som sem fio estável em fones TWS.

Sensores completos e porta P2

Há giroscópio por hardware, bússola, infravermelho para controlar TV e ar-condicionado — diferencial típico da Xiaomi. O GPS fixou em 3 s com acurácia de 2,4 m na cidade de São Paulo.

  • Leitor de rádio FM nativo
  • Dual-SIM + microSD dedicado
  • Taptic Engine simples (não X-axis)
  • Alto-falante mono 94 dB
  • Luz de notificação ausente

Segurança biométrica

Leitor lateral desbloqueia em 0,28 s, enquanto reconhecimento facial 2D falhou apenas 1 vez em 50 tentativas em ambiente de baixa luz.

Competidores diretos e posicionamento de mercado

Tabela comparativa

Especificação POCO M7 POCO M7 Pro
Bateria 7.000 mAh (22,5 W) 5.100 mAh (45 W)
Processador Snapdragon 685 (4G) Dimensity 7025 (5G)
Tela 6,9” IPS 144 Hz 6,67” AMOLED 120 Hz
Câmera principal 50 MP f/1.8 64 MP f/1.7 OIS
Preço inicial ≈ R$ 1.000 ≈ R$ 1.600
Peso 228 g 196 g
5G Não Sim
NFC Sim Sim

Além do irmão Pro, vale comparar com Galaxy A15 5G (bateria 5.000 mAh, Exynos 1280, 4 anos de updates), Moto G54 Power (6.000 mAh, Dimensity 7020, som estéreo) e Redmi 13C (MediaTek G85, 5.000 mAh). O POCO M7 se destaca por autonomia e tela rápida, mas perde em câmeras e updates.

A quem ele atende melhor?

Usuários que:

  1. Permanecem muitas horas longe da tomada.
  2. Não precisam de 5G de imediato.
  3. Consomem vídeo e redes sociais mais que fotografam.
  4. Jogam títulos leves.
  5. Buscam NFC para pagamentos.
  6. Querem slot microSD dedicado.
  7. Têm orçamento limitado a R$ 1.100.

FAQ — perguntas e respostas detalhadas

1. O POCO M7 recebe Android 15?

Sim. A Xiaomi/POCO promete duas versões: sai de fábrica no Android 14 (HyperOS) e deve chegar ao Android 16 no futuro.

2. Posso carregar outro aparelho com a bateria dele (reverse charging)?

Não. O modelo não oferece carregamento reverso com fio ou sem fio.

3. A tela de 144 Hz gasta mais bateria?

Levemente. Há modo dinâmico que alterna 60/90/120/144 Hz, economizando cerca de 8 % em uso misto.

4. Vale importar ou comprar no Brasil?

Importar da AliExpress sai até R$ 900, mas há risco de taxa. Se preferir pronta-entrega, lojas nacionais pedem R$ 1.099 em média.

5. Tem Widevine L1 para Netflix em Full HD?

Sim, streaming roda em 1080p, mas sem HDR.

6. Ele é compatível com carregador de 33 W?

É compatível e limita a 25 W, diminuindo o tempo total para 2 h 05 min.

7. Qual case recommended para essa espessura?

Cases TPU de borda elevada 1,2 mm evitam contato direto da câmera com a mesa; marcas ESR ou Nillkin se adaptam bem.

8. Consigo jogar COD Mobile em 60 FPS?

A 720p gráficos médios, sim, mas com quedas para 50 FPS em mapas pesados.

Conclusão

Em síntese, o POCO M7 entrega:

  • Autonomia líder de segmento.
  • Tela 144 Hz que torna a navegação suave.
  • NFC, infra-vermelho e slot triplo como extras valiosos.
  • Processador suficiente para tarefas cotidianas.
  • Câmeras apenas adequadas e carregamento lento.
  • Ausência de 5G e políticas de update modestas.

Se sua prioridade é passar dois dias longe da tomada e pagar o mínimo possível, o POCO M7 faz sentido. Caso deseje fotos melhores, 5G e recarga rápida, o POCO M7 Pro ou rivais Samsung/Motorola podem ser opções mais equilibradas. No fim, como bem pontuou o canal Jersu, a compra vai depender das suas necessidades e orçamento!

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